O Novo Ensino Médio voltou à pauta, e muitas pessoas ainda permanecem sem compreender seu objetivo e no que se difere do atual sistema. Se você é uma delas, veja aqui tudo que precisa saber sobre o assunto e entenda o que vai mudar com a implementação do novo sistema.
Novo Ensino Médio
Com o propósito de tornar o Ensino Médio mais atrativo para os estudantes, e assim reduzir a evasão escolar, o Governo Federal resolveu reformar o sistema em 2017. A mudança resultou em um currículo novo, no qual, além do ensino básico, os estudantes podem escolher entre itinerários formativos.
Apesar das boas intenções do poder executivo, o Novo Ensino Médio não obteve sucesso, sendo desaprovado pelos estudantes, seus familiares, e profissionais da área da educação. Isso porque sua implementação não foi assertiva, já que a maioria das escolas não conseguiu criar currículos conexos.
Após as duras críticas recebidas, o Governo Federal elaborou uma nova proposta, para tentar resolver os problemas da Lei nº 13.415/2017. Contudo o legislativo não ficou satisfeito com as mudanças, e o projeto segue em trâmite, aguardando a definição de um texto final que seja aprovado.
O que a proposta do Governo define para o Novo Ensino Médio?
Para que a inserção dos itinerários formativos se torne viável, o Governo limitou o número de opções a apenas quatro. Além disso, alterou a divisão da carga horária total do Ensino Médio, que no sistema atual tem pouca diferença de tempo entre formação geral básica e itinerários formativos.
A proposta sugere que ao invés de destinar apenas 1,8 mil horas para formação geral básica, se dediquem 2.400 horas. O que, consequentemente, reduz o tempo voltado aos itinerários formativos pela metade, passando de 1,2 mil horas, para somente 600 horas.
Senado tenta alterar projeto do Governo
O Senado não aprovou totalmente a proposta do Governo, e a senadora Professora Dorinha (União Brasil) elaborou um novo texto. A redação altera novamente a divisão da carga horária, reduzindo a formação geral básica para 2,2 mil horas, e aumentando os itinerários formativos para 800 horas.
O relatório também muda as normas de aproveitamento de atividades extraescolares. Dessa forma, grêmios, cursos de qualificação profissional e trabalhos voluntários são excluídos. Somente estágios, aprendizagem profissional, iniciação científica e extensão universitária são permitidos.
Por fim, o texto da senadora propõe uma alteração do uso de carga horária da formação geral básica de forma articulada com o técnico, de 300 para 400 horas. Ainda sugere que o ensino do idioma espanhol seja estabelecido como obrigatório.